quarta-feira, 14 de julho de 2010

DEUSA POMONA


Na Mitologia Romana, Pomona é a deusa das frutas, dos jardins e dos pomares. Seu nome vem da palavra latina pomum, que se traduz como "fruto". É apresentada em figura de uma bela ninfa. A tesoura de poda é seu atributo. Ela é deusa unicamente romana, nunca identificada com qualquer homólogo grego, e é particularmente associada com o florescimento das árvores.


♥ Pomona e Vertumno ♥

A mitologia conta que Pomona dedicava seu tempo a podar as plantas que cresciam excessivamente e a cortar os ramos que saíam de seus lugares, e também, para que suas plantas prediletas não ficassem secas, conduzia até elas a água através de canais. Essa ocupação era seu objetivo e sua paixão, e estava livre do que Vênus, a deusa do amor inspira. Mantinha seu pomar fechado, sem permitir que nenhum homem entrasse lá. Muitos dariam tudo de que dispunham para possuir tal ninfa de beleza singular. Vertumno é o deus das estações, crescimento das plantas, bem como jardins e árvores frutíferas. Amava Pomona mais do que todos os outros; mas não tinha mais sorte do que eles. Ele pode mudar a sua forma à vontade, podendo se transformar no que quiser. Por vezes, sob um disfarce, ele se aproximara de Pomona. Certa vez, apareceu com um cesto de trigo e o entregou a ela. Outrora, carregando uma escada, dava a impressão de que ia colher maçãs. Assim, conseguia aproximar-se de Pomona freqüentemente e alimentava a paixão com a sua presença.

Certo dia, ele apareceu disfarçado de velha, com cabelos grisalhos e tendo um bastão na mão. Entrou no pomar da ninfa e admirou seus frutos. Sentou-se num banco e olhou para os ramos carregados de frutos que pendiam acima dela. Em frente, havia um olmo, por cujo tronco subia uma parreira, carregada de uva. Elogiou a árvore e a vinha. Disse a Pomona que se a árvore ficasse só, sem a vinha lhe subindo o tronco, nada teria para atrair ou oferecer. E, igualmente, a vinha, se não se enroscasse em torno do olmo, estaria prostrada no chão. Em seguida perguntou por que não aproveitava a lição da árvore e da vinha e concordava em unir-se a alguém. Pomona disse que todos da região eram uns boçais. Vertumno, ainda em seu disfarce de velha, aconselhara a ela senão ele mesmo, dizendo que Vertumno não era uma divindade errante, e que nem se assemelhava a muitos que amam todas que têm ocasião de ver. Disse que ele é jovem e belo e tem o poder de assumir qualquer aspecto que deseje, e pode transformar-se exatamente naquilo que deseja. Além do mais, disse, ele ama as mesmas coisas que você, adora jardinagem e admira seu pomar. Disse ainda que os deuses castigam a crueldade e de que Vênus detesta os corações duros e vingar-se-á de tais ofensas, mais cedo ou mais tarde.

Depois de dito isso, Vertumno livrou-se do disfarce de velha e se mostrou tal como era, um belo jovem. Ia renovar seus apelos, mas não houve necessidade; seus argumentos e seu próprio aspecto triunfaram e a ninfa já não mais resistiu, correspondendo-lhe com o mesmo ardor.

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